quinta-feira, 19 de março de 2009

Abstratos




somos abstratos na história de nós mesmos... nos perdemos mil vezes dentro de nossos desejos, embora diferentes, somos tão iguais que às vezes nem sabemos quem é quem, se sou você ou se você sou eu... nunca te amei em segredo e nunca vou te amar calada, pois meu amor é histérico.


Lu Monteiro
Março/2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Espelho



Hoje à noite ouvi um grito.
Não tive medo e o segui...
Era um labirinto escuro;
Levou-me a uma imagem pálida e triste...
Oh é um espelho!
Valha-me deus, ali sou eu...
Lu Monteiro
2002

quinta-feira, 5 de março de 2009

Estrada



Pulo muros; Atravesso ruas,
Às vezes grito, e as pessoas parecem
Não se importar com a minha histeria,
Então me calo, viajo, ajo.
A poeira da estrada me cega por uns instantes;
Então sento e espero.
Há zumbidos em meus ouvidos,
Mas por outro lado eu caminho
Sem me importar com os meus constantes delírios.
Talvez eu seja inconstante e ande,
Caminhe, mas por estradas empoeiradas, jamais...




Lu Monteiro


2003

Tudo quase




Que vontade me veio agora!
Quase que fujo;
Quase que enlouqueço;
Quase que grito!
Mas como gritar se me calam os lábios?
Antes fossem calados com os teus...
Oh tortuosas lembranças!
Quando hei de te ver?
No, no te sei dizer...








Lu Monteiro


2002

Desafino




Tuas palavras eram canções,
Bonitas canções que me faziam sonhar...
Com o tempo,
Tuas palavras viraram sonhos,
Bonitos sonhos que não mais vivi...




A realidade eram palavras desafinadas
A estuprar os meus ouvidos,
E com o passar das estações,
Ela deixou de me tocar e eu não mais as ouvi...

PS: para ti que as lê, mas não as sente como eu, mesmo assim está ciente que foram feitas, mas sem saber que as fiz para que se lembre que não sofro mais por ti!






Lu Monteiro


2001