sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Pegadas



Atravesso a rua, e o sinal está fechado.
O trajeto é interrompido por esbarrões, mas não paro...
O vento bagunça os meus cabelos, e eu o ajeito.
Sento num banquinho da uma praça qualquer
E observo os olhares inconstantes,
Sem direções certas, medos,
Felicidades externas com olhares odiosos... Isso eu ignoro.

Olho para o meu relógio e vejo que já esta tarde.
Levanto-me e caminho,
Minha direção é certa,
Na volta estilhaços de vidro no chão
E no reflexo da chuva que começou a cair,
Vejo que o meu olhar não é diferente de ninguém,
Então me calo e volto para a realidade que me persegue,
Olho para trás e só vejo pegadas...



Lu Monteiro
06/2003

Nenhum comentário: